Andando pela rede, encontramos o texto abaixo, que fala um pouquinho do nosso dia a dia e das coisas que nos habituamos a fazer quase que automaticamente, como seres robotizados e desprovidos de senso crítico, verdadeiros escravos dos chamados "tempos modernos".
As coisas, com a tecnologia que se multiplica a cada dia, simplesmente têm "acontecido", sem que percebamos sua profundidade e até seus malefícios de longo prazo. Por vezes, estamos perdendo precioso tempo de VIDA sem ao menos nos dar conta disso. O que iremos dizer a nossos filhos e netos, se nunca descolamos o traseiro defronte da tela do computador e nada fazemos que seja verdadeiramente digno de registro?
O texto abaixo é um alerta de que a vida, propriamente dita, com todos os seus encantos, rola mesmo é lá fora...
SATURADOS- Você já se sentiu como um polvo, cheio de olhos e mãos para dar conta do mundo que está se movimentando a sua volta?
- Já se viu navegando na web com algumas janelas abertas, olhando de vez em quando seu e-mail, abrindo um vídeo recebido, respondendo ao MSN, conferindo o twitter e o Facebook?
Se sua resposta for SIM, bem-vindo ao clube dos SATURADOS. Saturados de informações, saturados de dados e ainda assim, ligadíssimos nesta explosão de estímulos.
- Mas você também já reparou que não consegue ler de bom grado textos mais longos?
- Percebe que quando o texto é mais longo, você salta alguns trechos? - Há quanto tempo você não encara um livro de 300 páginas? -
E ainda, frequentemente você pára de ler depois do segundo ou do terceiro parágrafo e passa a verificar outras coisas?
- Já se pegou tamborilando os dedos ao lado do teclado quando o PC demora mais de dois segundos para abrir um arquivo?
Se a resposta for SIM, bem-vindo ao clube dos SATURADOS. Saturados de informações, saturados de dados.
Nicholas Carr, jornalista e escritor americano, diz que este ritmo acelerado, alucinado de lidar com as informações no mundo contemporâneo, está promovendo mudanças no cérebro, fortalecendo certos caminhos neurais e enfraquecendo outros.
Partindo do princípio de que o cérebro não é “multitask”, isto é, não é capaz de dar atenção a várias coisas ao mesmo tempo, Carr afirma, que tudo o que conseguimos ultimamente é alternar rapidamente o foco, o que promove a desatenção e a falta de foco.
Toda esta questão polêmica deu origem ao seu livro OS SUPERFICIAIS, que em breve será lançado no Brasil pela Ediouro, e que na verdade tenta responder as seguintes questões:
- Estamos ficando mais rasos? - Estamos nos transformando em leitores desconcentrados?
- Estamos nos tornando incapazes de raciocínios mais complexos?
Pelo sim, pelo não, o negócio é usar o cérebro nosso de cada dia com mais sabedoria.
- Como seria isto?Autodisciplina é a palavra-chave.
E as sugestões são:
- deixe de ser viciado em novidades;
- existe vida além da web;
- de vez em quando, passe alguns dias of line;
- valorize mais os conteúdos que as formas;
- aprofunde as informações em bibliotecas tradicionais (com livros em papel).
E aí, será que ainda dá para encarar?????
Maria Helena Sleutjes
Publicado no Recanto das Letras em 21/04/2011
Código do texto: T2922455
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